Vida de manobra à primeira vista pode parecer um saco... Pura rotina... Qualquer hora vão inventar um robô que manobra o carro ou os próprios carros vão fazer isso automaticamente... O cliente desce do carro, chega o manobra pra pegar o carro o cliente diz: "não é necessário"... Em tom de comando, o cliente diz: Raspaghia! (ou qualquer outro nome que alguém possa dar pra um automóvel), seek and park ( caso o carro seja importado ), ou em bom português o proprietário poderia dizer, procura uma vaga e estacione!!! Evite os carros velhos e enferrujados e que provavelmente não possuam seguros ao seu redor e mantenha uma boa distância, se possível estacione ocupando duas vagas de modo que ninguém consiga estacionar do lado para não correr o risco de sofrer algum arranhão, câmbio!
Bom, tudo isso que escrevi não tem nada a ver com o que eu queria contar... Este é somente mais um dos muitos devaneios sobre a vida numa garagem.
O assunto em questão se trata de um fato que presenciei hoje.
Desce do carro a mãe e a filha que deveria ter 1 ano e pouco, toda arrumadinha, bonitinha, de monochuca ( monochuca = alguém com somente uma chuquinha na cabeça ) bem no topo da cachola, olhos azuis e nas costas uma mochilinha no formato de um macaco.
Logo quando vi aquilo já achei graça e a garotinha era muito bonitinha. Fiquei observando ela enquanto a mãe toda estabanada pegava a papelada e exames que provavelmente deveria apresentar ao médico que deveria estar levando a filha. A criança ficou me encarando o tempo todo com aqueles olhões azuis, tentei brincar, fazer alguma graça mas ela não piscava. Será que estava hipnotizada? Será que estava tentando me hipnotizar? Será que era nunca viu alguém tão lindo? Será que nunca viu alguém tão feio? Será que nunca viu alguém tão branco??? Perguntas estas que talvez nunca seja respondidas... mas enfim...
Depois de pegar toda a papelada do carro, retirar o ticket do estacionamento no caixa, a mãe se volta para a criança, mas especificamente para a mochila de macaquinho da criança... Achei que ela iria pegar algum brinquedinho para a criança ficar brincando no caminho, mas ela tira um pedaço longo de veludo de dentro da mochilinha, da mesma cor que o macaquinho. Fiquei olhando e pensando, que raios essa mulher vai fazer com isso?
Eis q na extremidade do tal treco de veludo tem uma trava, dessas de plastico tipo de encaixar e ela prende na mochila enquanto ficava segurando a outra ponta e deixou a criança andando enquanto pegava a papelada sobre o caixa... Quando a criança começou a apontar pra saída da garagem e falar uns da dá dá dás, a mãe me pronuncia um "no, c'mon sweety, let's go to the other side... C'mon!" e começou a puxar a cordinha que no final era o rabo da mochila de macaco e a criança coitada indo pra onde a mãe ficava esticando o rabo do macaco.
Fiquei observando aquilo atônito até a mãe entrar no elevador com a criança. Quando entrou não pude deixar de rir e pensar com meus botões: "Caracas, que birosca foi aquilo?" Não sei nem o que pensar, não sei se a mãe pode ser uma revolucionária na psicologia e ensino infantil, ou se é uma pirada que tá levando a filhinha pra passear, na hora pensei em mais um monte de coisa, mas hoje estou num daqueles dias bons pra se esquecer de tudo... ( logo cedo, esqueci o notebook do meu pai aqui em casa e caso ele tenha recebido algum e-mail sobre algum assunto urgente para tratar, a essa hora já pode ser tarde demais pra resolver tudo ).
Continuando...
Fiquei com aquela cena na cabeça, não dava pra negar que não era engraçado ver a garotinha andando como se estivesse encoleirada...
Quando retornam do médico, estava lá a criança puxando a mãe pelo caminho quando chegam no caixa... Abre bolsa, tira papelada de um lugar, de outro, revira tudo de ponta cabeça e... cadê a carteira? Cadê os documentos, etc etc? Em lugar nenhum... Pelo menos não onde deveria estar... Parei novamente para pensar com meus botões: "Caracas, que birosca foi aquilo?" Não sei nem o que pensar, não sei se a mãe pode ser uma revolucionária na arte de aplicar um 171 nos estacionamentos para não precicar pagar R$5,00 ou talvez não tenha sido a filha que veio para ser examinada e sim essa mulher veio passar em algum psiquiatra do prédio... Não sei... Perguntas estas que talvez nunca sejam respondidas... mas enfim...
A minha conclusão é de que o rabo do macaco servia não para evitar que a filha andasse para longe da mãe e sim para não perder a filha por aí... Diz a mãe que amanhã estará novamente no prédio e que vai pagar o que ficou devendo...
Ahã... Y la garantia soy yo!
4 comentários:
Hahahaha, queria ver a mochila....preciso de umas 26 dessa por favor!!!!
Mas e ae ela pagou hj?
Pura inveja do rabo do macaco! Aposto que sua mãe te perdeu em algum lugar no seu passado distante e vc ficou bem traumatizado. Agora fica aí morrendo de inveja! Hehehehehehehehe
Agora vou ler a parte 2...
Bjo!
Literalmente, pega pelo rabo! AHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAAH
Estamos em setembro de 2015 e eu ainda estou aguardando os R$5,00 que essa mulher me deve.
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